Sabe quando a festa está acabando e tem quem não queira ir embora? A música ainda toca, a pista está vazia mas você e uns poucos não querem arredar o pé de lá. Este foi o dia do R2C.
O dia foi marcado por ótimas palestras. A do Netflix gerou comoção e atraiu o evento inteiro. Por uma questão de posicionamento da nossa empresa, preferi abrir mão deste painel para assistir um da Abrex (Associação Brasileira de Exportação). Vale exaltar o trabalho da associação em conjunto com a Bravi (Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão), não foi a única vez que vi um interesse honesto e forte em transformar a produção audiovisual em um produto forte para exportações.
Aproveitei e fechei uma visita a todas as salas de delegações. Apesar do esforço da Abrex e da Bravi, minhas melhores impressões foram nas delegações regionais. A China, por exemplo, tinha uma pessoa interessado em distribuição e não em roteiros. Novamente, não é culpa do evento mas uma característica do nosso negócio.
O Rio2C fortaleceu para a gente a impressão de que nosso melhor cliente são as produtoras. Somos criadores que podem ajudar produtores ou oferecer novas ideias.
Ouvi e li aqui e ali críticas justas ao evento. Desde a falta de sinalização até problemas de estrutura. Ontem, um banheiro feminino esteve interditado e minha credencial era de papel sem plástico, terminando quase inapresentável. E houve painéis com clima excessivamente tropical, inadmissível num espaço como a Cidade das Artes.
Mas com todos estes problemas, o Rio2C ainda me pareceu o lugar onde as coisas acontecem. O saldo é positivo e certamente espero estar lá em 2019. Tomara que estes textos tenham te motivado a me encontrar lá.