A gente escreve porque não sabe fazer muita coisa. Bom, tem até quem saiba mas no fim o ato da escrita é algo necessário. E nada do que a gente precisa fazer acontece de forma fácil. É difícil, doloroso e cada texto é uma exposição sua. Uma vidraça que a gente põe na calçada esperando que as pessoas não atirem pedras.
Não dá para ficar pedindo elogio o tempo todo porque tira a graça de tudo. Mas não tem nada melhor do que saber por um leitor que você mandou bem. Acima de orgulho, é a sensação de identificação que todos buscamos. Ao invés de pedra, alguém parou na vidraça, olhou seu próprio reflexo na superfície e comentou como era bonita aquela vitrine.
São seus olhos!