Cada fase da vida tem um primeiro beijo diferente. O primeiro beijo da mamãe, ainda no parto. Formando um elo de amor para o resto da vida. Amor de mãe é muito mais forte que primeiro beijo. Você não vai amar a mulher que beijar seus lábios primeiro pelo resto da vida, mas talvez nunca mais esqueça dela. E certamente não lembra do beijinho que sua mãe te deu logo que te viu, mas vai amá-la pra sempre.
First kiss maternal: o mais forte que existe. Só pode perder para o correspondente paternal. Muito homem vai beijar outros homens por fraternidade. Mais ainda por libido, desejo e amor. Mas o beijo do pai é tipo aperto de mão entre amigos: coisa de homem. Papai ama você.
E tem o primeiro beijo de língua. Sortudos têm tudo junto: o de língua e o fim da boca virgem. Mas para a maioria primeiro é o estalinho com as primas ou amiguinhas da creche, depois a exploração às cegas da língua da(o) companheira(o). O beijo lascivo, nada inocente… Dali em diante, só o sexo vai ser novidade, mas a língua sempre vai ser bom.
Tem o primeiro beijo sem graça. O do casamento morno, do namoro em fim de expediente, da relação estagnada. É tão esquecível que você nem sente. Um dia acorda e esqueceu como eram os outros beijos. Tem casal que acorda um dia e resolve relembrar como era. Tem casal que se separa. E tem os piores que resolvem relembrar fora do casamento. Beijar vira 100% safadeza, traição, pecado.
Cem por cento porque todo beijo é meio traição, 50% safadeza e metade pecado. Todo beijo é de olhos bem fechados. O bom beijo não é só o de língua, mas o que acaba em dois sorrisos. E quando você abre os olhos sabe que pode beijar de novo. Como se fosse o primeiro.