O mais difícil no processo de escrever não é a redação em si. É a revisão. Ler, reler cada parágrafo, detectar repetições, vícios e erros. Redigir já é difícil, mas ter que olhar a si próprio em cada frase, notar nossos defeitos em toda sentença e ter que retificar qualquer imperfeição ao invés de dizer simplesmente “eu sou assim” é o que pega.
Porque todo texto é um pouco da gente. E ter que retornar a ele até além do limite do necessário é desgastante pra caramba. É uma terapia quase às avessas em que nunca se é bom o bastante. E a culpa não é dos seus pais. É sua. Como você colocou essa vírgula aqui?
Chega uma hora em que não sabemos se é o texto que ficou finalmente bom ou se é a gente que aprendeu a se aceitar naquele ponto. Vou publicar assim mesmo.