Como avisei por aqui, olha aí o meu nome na capa. A revista tem previsão para sair em junho. Claro que vou avisar a vocês…
Como avisei por aqui, olha aí o meu nome na capa. A revista tem previsão para sair em junho. Claro que vou avisar a vocês…
Parecendo uma mesa de três pernas virada em um ângulo de 90 graus, o “e” sempre vai ser o que conecta o penúltimo com o último. Na sala de aula, tem professor que dá essa inicial ao último nome da classe (que segue sendo o último mesmo como a quinta letra do alfabeto).
Os acentos deixaram a vogal mais interessante. Desde a onomatopeia “ê” até o verbo ser. O “e” é uma letra de peito aberto, fala aguda e cheia de significado. Sua versão minúscula é mais cadeira que mesa, mas tem a mesma beleza. É lindo. E a gente fica por aqui hoje.
Meu conto Viral foi aceito pela revista Trasgo para fazer parte da próxima edição. Se trata de uma história sobre uma espécie de vírus ou simplesmente uma ideia viral. Mais do que isso, vocês vão ter que esperar a nova edição.
Obviamente, vou avisar por aqui, no Facebook e lá no twitter quando a novidade for para o ar.
Em 2002, o mundo artístico crucificou a atriz Regina Duarte ao falar em medo para defender a permanência do PSDB no poder, com o então candidato José Serra. A reação instantânea tinha o seguinte princípio: era um absurdo impedir a alternância no poder com o discurso do medo da mudança.
Em a Alma Imoral, de Nilton Bonder, o rabino explica que a tradição é a guardiã do passado. Assim como o conservadorismo se coloca como defensor de nossas tradições para contrapor a necessidade de mudanças que toda sociedade tem. Bonder explica que a traição seria a guardiã do futuro, a garantia de que vamos mudar. Judeus só existem até hoje porque mudaram o dogma de que apenas filhos de pais judeus eram judeus após a aniquilação em massa de seus homens e estupro de suas mulheres. Se passou a considerar que o filho de mães judias seria judeu. E assim o judaísmo persiste milênios depois enquanto outras religiões estão quase extintas.
Por mais que tudo o que construímos seja digno de proteção, a mudança é vital para a vida. E para qualquer País. Nem mesmo na Noruega você encontrará alguém que ache que as coisas são boas e nada pode melhorar. Talvez seja por isso que em política raramente o discurso do medo acaba em coisas boas. Serra perdeu as eleições para um Lula três vezes derrotado em eleições presidenciais.
Quando o PT usa o medo para defender suas conquistas não mostra apreço pelo que construiu. O discurso de medo reflete também o temor de quem discursa em perder. Mas as derrotas são normais na política, que está sempre mudando. É inútil querer impedir isso ao invés de garantir ao eleitor que pode atender seu desejo de mudança. O maior medo que quem vota tem é justamente o de perder a esperança.