Apesar de citar o nome da presidente acima, gostaria muito que você lesse esse texto sem nenhum viés político. Independente de em quem você vota, acredito que Dilma acertou ao buscar a libertação do traficante Marco Archer.
Todas as penas de morte são bárbaras. Você não verá nenhum país exemplarmente desenvolvido que pratique a morte de criminosos de forma orgulhosa. Muito pelo contrário. Países invejáveis como a Noruega, tratam criminosos de forma mais confortável do que boa parte dos cidadãos brasileiros têm acesso. Anders Breivik, que assassinou 76 pessoas, vive num lugar melhor do que o da pessoa que limpa seu prédio, por exemplo. Diz muito sobre nosso Brasil.
Sou contra boa parte das propostas de legalização de drogas e depois de ler o perfil de Marco Archer no Diário do Centro do Mundo, tenho certeza absoluta que sabia exatamente o que estava fazendo. E os riscos que corria.
Mas com tudo isso na mesa, o cara vinha de um país onde a Constituição veta a Pena de Morte – toda vez que o seu candidato a deputado ou vereador diz que vai lutar pra existir pena de morte, entenda que ele está mentindo – e era brasileiro, goste você ou não. A única coisa que o chefe de uma Nação pode fazer nessas horas é lutar pelo filho da pátria. Senão por ele, por seus amigos e familiares que pagam os mesmos impostos e cumprem com as mesmas obrigações que eu e você.
No fim das contas, as pessoas inconformadas que a presidente lute por um brasileiro querem que ela dê o famoso jeitinho brasileiro. O motivo? Por que querem. Se Dilma lutou pelo traficante, goste você ou não, foi a coisa mais institucional que uma chefe de estado deveria fazer. E ao invés de pedirmos que ela quebrasse um galho e atendesse nossa ânsia destrutiva, deveríamos lutar para que os criminosos nascidos no Brasil fossem punidos pelas nossas leis.