Há histórias que só acabam depois da mensagem dos patrocinadores. Outras precisam que a tiragem do gibi se esgote e as mais tradicionais terminam com um “fim” na sua última página. Todas estão no mesmo limbo de contos que a sociedade aprendeu a assistir, ler e ouvir. Mas nem sempre foi assim.
Houve um tempo em que a função de cada história era bem maior. As histórias explicavam o mundo. Algumas tornavam a realidade mais suportável, mas outras não eram contadas para entreter ou dar esperança. Existiam para serem temidas.
No mundo de hoje, todos consomem as histórias que entretém. Nos acostumamos até a ver algumas que assustam, mas não tememos porque cedo ou tarde elas acabam. Tenho medo pelo dia em que ouviremos de novo as velhas histórias. Aquelas que existem para causar medo.