E conta que dia desses o Spam se revoltou com o uso indevido da marca e processou todo mundo. Empresas do mundo mobile tiveram que dar satisfação sobre SMS, políticos que escaparam de qualquer CPI tiveram que prestar satisfações sobre uso indevido do email alheio e até menores de idade penaram por causa das famigeradas correntes. “E como eu ia saber que não ia vir um bode me bater?”.
A imprensa inteira se movimentou e a coisa chegou até o Tribunal de Haia. Colunistas de direita alegavam a primazia do usuário em mandar o Spam como “uma válvula de escape para o sufoco imposto pelo comunismo iminente”. Do outro lado, articulistas de esquerda lembravam dos direitos do Spam moleque, do Spam de várzea e toda sua tradição de patinho feio da web.
E chegou o grande dia. Milhões de acusados no banco dos réus, o juiz mais consagrado do tribunal internacional estava presente e não havia emissora que ali não estivesse. Apenas o Spam não foi. Ao invés disso, mandou um email para o escrivão. A mensagem dizia. “É brinks. Abs. PS: Passe para todos os seus amigos ou…”