O “i” é a letra mais onomatopéica de todas, sempre falada como se projetássemos um balão. Com ou sem “h” no final, cada “i” tem sua história aumentada pelo ponto que fica lá em cima, paradão e observando a tudo e a todos. Se esse pontinho falasse…
É uma letra dupla. Afinal de contas em todo curso de inglês aprendemos que o pronome “eu” é um simples e sintético “I”, pronunciado com jeito de dor (o que explica muito do senso de humor inglês): “ai”. I am, I want, I ih… O português talvez não tenha dado tanta importância ao “I” quanto o inglês.
Dureza mesmo é ver uma letra mudar tanto em sua versão maiúscula. O pontinho vira espinafre e o “i” vira um I, jogador de basquete, gigante… Algo meio imponente. Uma torre sem coroa, mas com jeito de realeza. É bem mais edificante que aquela minúscula e solitária letra que sempre lembra que a gente esqueceu alguma coisa além de botar um “h” intruso na nossa falta de memória: Ih…