Houve o tempo em que ver teatro era como cinema. A poltrona, o palco e você assiste. Alguém desinibido teve a ideia de que a platéia também merece brilhar e inventou o teatro interativo. A grande vantagem disso foi dividir os espectadores de teatro que sabem do risco e os que compram lugar na primeira fila. “Dá pra ver de pertinho”. E contracenar direitinho também.
Tem a história do Caetano que foi ver uma peça e as atrizes levaram pro palco, despiram e tudo. Apareceram no Fantástico, o cantor recebeu elogios efusivos da então esposa e das companheiras de cena. Não lembro nem do nome do teatro, mas Cantor Tropicalista fica nu ao ver peça é uma manchete que qualquer produtor cultural respeita. Mais informações aqui (não, não tem fotos aí. Desculpa).
Teatro ainda é legal. Você até supera quem leva pipoca ou esquece o celular ligado sem cometer nenhum assassinato (quase o tempo todo). A falta de ar condicionado pega, mas olha… Ruim mesmo é ver peça ruim. De resto, se algum ator te pegar pela mão e levar ao palco grite “incêndio”. É a melhor chance de você escapar dessa. Merda pra você.